sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Gagueira não tem graça e pode causar traumas e discriminação.

Esta semana foi lançada a campanha "Gagueira não tem graça. Tem tratamento". A repórter Susana Naspolini conversou com jovens que aprenderam a conviver com o problema e superaram o preconceito.
A psicóloga Cristiane Pombo, de 27 anos, diz que passou a vida tentando esconder a gagueira. Tudo começou a mudar há três anos, quando ela teve que apresentar uma monografia para concluir a faculdade de psicologia. “Eu pensei: ‘agora sou eu sozinha’. Então, eu comecei a procurar pessoas com quem eu pudesse compartilhar esse problema”, conta. Foi assim que nasceu o Grupo de apoio às pessoas que gaguejam. Fábio, Ramon e Nilson começaram a participar dos encontros, e um passou a ajudar o outro. “Eu fiquei dois anos sem estudar e sem trabalhar. Eu ficava sempre dentro de casa”, declara o analista de sistemas Fábio Martinho. Os três afirmam que pior do que a dificuldade da fala é enfrentar o preconceito. “Eles começam a falar da mesma forma e ficam imitando”, declara o estudante Ramon Campos. Ramon que hoje está com 26 anos conta que namorar e se apresentar para alguém especial é um sofrimento. “Antes de você ir, você lembra que você é gago. Então, você não vai”, declara. Depois de ouvir o amigo, Fábio lembra que a vida poderia ser bem mais fácil com uma mudança simples de atitude de todos nós. “Quero que nos vejam como iguais. Temos olhos e boca, só não conseguimos ter aquela fala contínua”, pede.

No campus da UFRJ, na Praia Vermelha, funciona um centro de tratamento para a gagueira. No local, são atendidas pessoas de todas as idades, desde crianças a adultos e idosos. Uma vez por semana, às terças-feiras, o grupo se reúne para o tratamento. Eles fazem, durante 40 minutos, vários exercícios como de articulação. Tem também exercício de respiração, de linguagem e de relaxamento. Tudo isso é para ajudar na fluência da fala. Além do trabalho em grupo, cada paciente recebe também o atendimento individual.

Como é um ambulatório-escola da UFRJ, tudo é feito por estudantes do último ano do curso de fonoaudiologia, com supervisão dos professores. A triagem, para fazer parte desse grupo e para receber o tratamento, é feita às segundas-feiras, das 8h ao meio-dia. Quem quiser outras informações pode ligar para o telefone 3873-5609.

Pra ver a entrevista na integra click no link abaixo:

http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL830468-9097,00.html

Um comentário:

Anônimo disse...

Ei..da proxima vez faz um comentario proprio ao inves de so copiar a noticia...fica muito mais pessoal ta? VALEUMMMMM